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Metaverso: o que a nova tecnologia proporcionará à educação

A tecnologia vem evoluindo exponencialmente na última década. Hoje, se uma pessoa deseja passar meses seguidos dentro de casa, sem colocar um pé para fora dela, consegue. A conveniência dos aplicativos transforma a vida em sociedade dia a dia. Faz com que os mais velhos pensem em filmes e desenhos marcantes como “Os Jetsons”, animação que retrata a rotina de uma família que vive no futuro. É verdade que os carros voadores, robôs falantes e objetos que se deslocam sozinhos de lugar ainda parecem longe de virar rotina, mas podemos dizer que estamos “na ponta do iceberg” da evolução tecnológica com a chegada do metaverso.

Afinal, o que é o metaverso?

O metaverso é um ambiente virtual no qual você pode fazer as mesmas coisas que faz no mundo real – como ir ao shopping, encontrar amigos, visitar museus e, até mesmo, estudar e trabalhar. Para que a experiência no metaverso seja a mais verossímil, o usuário pode utilizar os óculos de realidade aumentada, luvas sensoriais e, quem sabe, até macacões sensoriais de corpo inteiro. Em outras palavras, é a evolução da Internet que conhecemos até aqui.

Atualmente, as redes sociais são as principais mediadoras do ambiente virtual. A “vida digital” é acessada com celulares e computadores. Com o metaverso, a experiência será muito mais imersiva. Mais do que navegar na Internet, será possível vivenciá-la por dentro. Na prática, ao colocar os óculos especiais, equipados com fones de ouvido e sensores, será possível entrar em um mundo online que também incorpora realidade aumentada, avatares holográficos 3D, vídeos e outros meios de comunicação. Ou seja, como se trata de espaços fictícios, o céu é o limite e tudo é possível de ser inventado.

Esse tema ganhou status de revolução tecnológica nos últimos meses, quando Mark Zuckerberg anunciou que a empresa Facebook mudaria seu nome para Meta. Ele também declarou que o foco da companhia passaria a estar no mercado de realidade virtual (VR) e de realidade aumentada (VA), em outubro de 2021. Pensando nisso, entusiastas e empresas que estão investindo nesse tipo de tecnologia afirmam que todas as pessoas poderiam interagir, aprender, colaborar e jogar nos espaços do metaverso. Tudo isso de uma maneira muito mais completa do que se pode imaginar hoje.

Por mais que sejam necessários alguns equipamentos para acessar o metaverso, o termo não se refere a nenhum tipo específico de tecnologia, mas sim a uma ampla mudança na forma como interagimos com o mundo digital. Isso porque, na prática, a sensação seria de estar totalmente imerso nesse universo virtual, em uma união da realidade aumentada com a realidade virtual. Ou seja, as telas planas de celulares, computadores e tablets seriam substituídas por uma experiência tridimensional, em que seria possível interagir com objetos e informações variadas.

Como o metaverso pode ser inserido no setor educacional

No setor educacional, a partir do metaverso são ampliadas as possibilidades de desenvolver, aperfeiçoar e popularizar as ferramentas de ensino híbrido, de modo a criar na próxima década um modelo de estudo mais sofisticado do que o presencial. Desse modo, seria possível promover aulas dentro do mundo virtual, com uma experiência mais engajadora para os alunos. Para cursos como medicina, por exemplo, daria para estudar o corpo humano com hologramas tridimensionais. Isso facilitaria no princípio de metodologias ativas, que são os modelos de ensino preferidos pelos estudantes.

Segundo estatísticas coletadas pela Associação Brasileira de Estágios (ABRES), apenas 36% dos alunos que ingressam no ensino superior acabam se formando, isso porque a grande maioria acaba tendo que abandonar os cursos por falta de motivação ou condições financeiras. Relacionado a isso, nota-se que o número de estudantes matriculados no ensino EAD aumenta a cada ano, mesmo antes da pandemia, pois esse tipo de curso dá uma maior flexibilidade ao aluno e diminui custos. Além disso, países que investem no uso de tecnologia no ensino apresentam baixos índices de evasão no ensino superior. Na Coreia do Sul, por exemplo, cerca de 70% da população entre 25 e 34 anos têm ensino superior.

Para aumentar esses números, as Instituições de Ensino Superior (IES) devem investir em oportunidades reais e sustentáveis de desenvolvimento da aprendizagem, com foco nos alunos e na autonomia profissional. Utilizando a tecnologia de metaverso amplamente no processo de ensino e aprendizagem, é possível atingir diversos benefícios aos estudantes, como:

Acessibilidade: O metaverso estreita distâncias geográficas, dando acesso remoto a pessoas, locais e instituições de ensino em qualquer lugar do globo, sem a necessidade de deslocamento. Assim, aumenta a inclusão e diminui os custos.

Desenvolvimento de habilidades: Para sermos bons profissionais precisamos desenvolver habilidades que são necessárias no mercado atual. A inclusão digital no ensino proporciona a otimização de habilidades digitais e técnicas de alto nível, juntamente com as soft-skills. A utilização dessa nova metodologia exige maior disciplina e autonomia dos alunos, ao mesmo tempo com que gera conexões e empatia remotamente.

Motivação e Foco: Mesmo para quem não possui afinidade com o meio digital, a ideia de escola é muitas vezes de algo chato e ultrapassado. Incluindo essas novas abordagens à educação, as aulas se tornam mais dinâmicas e engajadoras, elevando a motivação e inserindo o estudante diretamente em um ambiente que o cativa, aumentando seu foco no conteúdo.

Metaverso e transformação na educação

Nos últimos anos, a educação vem passando por uma grande transformação – acelerada pelo ensino remoto aplicado em grande escala por conta da pandemia. Embora algumas instituições de ensino tenham se saído bem durante o distanciamento social, essa não foi a realidade em boa parte das escolas, faculdades e universidades. Com o advento do metaverso, as instituições poderão resolver algumas demandas que, por muitas vezes, são desafios que já enfrentam anualmente. A seguir, alguns dos principais benefícios para as instituições de ensino:

Captação de estudantes: Com a educação inserida no metaverso, as famílias terão mais facilidade em fazer uma visita às IES, por exemplo, pois não precisariam se deslocar fisicamente. Além disso, a instituição conseguirá agendar muito mais visitas do que no formato presencial, reorganizando a dinâmica para otimizar a eficiência da equipe nesses momentos.

Matrículas: Com as IES inseridas no metaverso, o processo de matrícula poderá ser menos burocrático e mais ágil. Há instituições, por exemplo, que já fazem o processo de matrícula pelo site. A diferença é que uma escola no metaverso os pais podem esclarecer dúvidas com os atendentes em tempo real, num ambiente muito similar ao do mundo material. Tudo isso torna o atendimento mais humanizado, mesmo que de modo online. Sendo assim, essa ação digital provavelmente aumentaria o índice de matrículas no ano, um dos grandes desafios para qualquer instituição de ensino particular.

Ensino Híbrido: A pandemia trouxe com força o ensino híbrido para as escolas, mas essa modalidade de ensino poderá sofrer uma grande transformação com a chegada do metaverso. O processo de aprendizagem tem a tendência de melhora devido à qualidade de aulas mais imersivas e expositivas.

Livros acadêmicos: Muitas instituições já estão optando por utilizar livros acadêmicos somente em versão digital, e a tendência é a de esse número crescer rapidamente. Com o avanço da tecnologia, os livros digitais e impressos poderão oferecer recursos integrados ao metaverso.

Formação do corpo docente: O metaverso é um conceito em construção, mas, em um piscar de olhos, ele deverá ser uma realidade. Por conta da pandemia, os professores já se familiarizaram bem com diversas ferramentas tecnológicas, mas eles não devem se acomodar. É preciso que a escola e as IES estimulem os docentes na busca por novas tecnologias.

Importante dizer que este cenário ainda não é totalmente possível. Muitas das tecnologias necessárias para que o metaverso se torne real ainda precisam ser desenvolvidas. Equipamentos como óculos de realidade virtual precisam se tornar mais acessíveis à população em geral. Durante a live de apresentação da Meta, Mark Zuckerberg afirmou que o metaverso pode fazer parte do nosso dia a dia nos próximos 5 ou 10 anos. No entanto, o único consenso entre os especialistas é de que esse não é um sonho para o curto prazo.

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Originalmente publicado em: www.fundacred.org.br/site/2022/03/04/metaverso-o-que-a-nova-tecnologia-proporcionara-a-educacao/

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